CAMINHO 1 - A TRADIÇÃO CONTEMPLATIVA
Atenção constante do nosso coração em Deus
A tradição contemplativa continuamente arrasta-nos no amor de Deus, lembrando-nos que a vida cristã é menos como um livro de regras e mais como se apaixonar. It stresses the value of silence, solitude, and prayer as ways we engage with God's presence, whether we take a silent walk in the early morning, ride the bus to work, wash dishes while the kids nap, or even take a nap ourselves. Salienta o valor do silêncio, solidão e oração, como maneiras de se envolver com a presença de Deus, querer dar um passeio em silêncio no início da manhã, ônibus para o trabalho, lavar pratos, enquanto a sesta crianças, ou mesmo tirar uma soneca de nós mesmos. As Teresa of Avila described, contemplation is “an intimate sharing between friends,” in the time or manner that works best for you and God. Como Teresa de Ávila descreve, a contemplação é "um compartilhamento íntimo entre amigos", no tempo ou a maneira que funciona melhor para você e Deus.
Existe um lugar em que poucos se atrevem a alcançar. Lá, precisamente quando seu coração está ‘queimando’ na presença de Deus, quando você terminou a sua oração ‘formal’ (‘burocrática’), é exatamente nesse instante que devemos nos calar e simplesmente contemplar a sua beleza. Muitos falam de níveis de oração. Alguns dizem que em um primeiro momento, quando começamos a orar, a nossa carne luta para permanecer em oração, mas, quando atingimos a dimensão do Espírito, torna-se difícil sair dela. Este é o início da oração contemplativa.
A oração contemplativa não substitui a formal, ela a complementa e te leva a lugares mais altos, à intimidade com Deus. A oração contemplativa consiste em simplesmente estar ali por estar ali. Não é o caso de pedir algo, é o caso de apenas estar com o coração no Senhor, simplesmente porque você o ama, por quem Ele é. Palavras algumas vezes tornam-se desnecessárias, ali, no santo lugar, onde Ele se revelará intimamente a você. Algumas pessoas tentam ficar em silêncio nesse momento e, após 5 minutos, se não ouvem nada simplesmente dizem ‘amém’, se levantam e partem para seu dia. Mas o Senhor procura aqueles que ficarão naquele lugar secreto por amor a Ele. Não pelo que Ele pode te dar, não pelo que Ele pode te falar, mas por quem Ele é!
De uma maneira prática funciona assim. Chegue à presença do Senhor com o coração quebrantado (Ele não o desprezará), peça perdão, misericórdia, clame pelo sangue... Interceda pelas suas necessidades e as dos outros, se entregue, interceda, adore a Ele... e assim que o seu ‘repertório’ terminar, caso seu coração estiver ‘queimando’, caso sua mente esteja concentrada na beleza e grandeza do Senhor, cale-se e simplesmente desfrute, em espírito, desse Deus maravilhoso. Passe ali cada vez mais tempo. Talvez seja bom colocar um louvor tranqüilo e ungido enquanto você ora. Agrade-se e alegre-se do Espírito. Você vai descobrir as delícias destina àqueles que gozam da intimidade Dele. Você terá, com o tempo, seus ouvidos espirituais abertos, e ouvirá Sua voz doce e gentil. Dons começarão a se manifestar, ainda que você não os peça.
Se a oração é uma jornada ao centro do coração e ao Deus que lá habita, nós podemos esperar que a jornada seja dura. Como já foi dito, nós fugimos com toda a intensidade de nosso medo e rebelião do nosso centro de dependência criada que nós experimentamos como desgraça e miséria. E de fato, em grande parte, o que há em nós é desgraça e miséria, não porque Deus assim nos criou, mas porque falsificamos o nosso ser. Quanto a isto, a oração será um verdadeiro purgatório no qual passo a passo nós precisaremos deixar que o conhecimento e o amor de Deus, na medida em que eles tomam conta de nós, desfaçam as múltiplas e enodadas mentiras que havíamos tramado. Como Mestre Eckhart diz: "Uma vez que nos damos conta que tomamos uma direção errada e afastamo-nos da estrada, a volta à estrada certa será tão longa quanto o desvio feito".
Em toda grande tradição contemplativa, chega finalmente (realmente no final) o feliz choque. O trabalho divino de purificação está essencialmente feito, a resistência foi ultrapassada e Deus faz por nós, à nossa vista, o que Ele sempre tem feito - ama-nos, salva-nos, vive em nós, age em nós. Na Regra de são Bento, à qual Merton se refere neste contexto, há o salto do décimo segundo grau da humildade, onde o monge, todo curvado pelo conhecimento de sua pequenez, é de repente exaltado a um êxtase produtivo-silencioso-estável dentro da caridade de Deus. Em João da Cruz (São Bento, perdoe a minha traição!), a realidade é descrita de modo ainda mais belo: a alma experimenta em seu próprio centro o banquete da Santíssima Trindade - as três Pessoas Divinas, fonte transcendente e fim de toda a realidade, são descobertas dentro de si, vivendo sua vida eterna de ser, conhecimento e amor e superabundantemente comunicando esta vida à pessoa. Somente a pessoa que passa através do abismo do "eu" conhecerá isto experimentalmente, a pessoa que toma com absoluta seriedade o mistério pascal: que a existência cristã é morte ao velho homem em suas ilusões e desejos e renascimento no Cristo Ressuscitado, na filiação divina. Esta compreensão da total importância da centralidade do mistério pascal é a única justificativa da oração.
Muitas pessoas não estão familiarizadas com uma oração "contemplativa". Estas são orações que permanecem com a gente e que proporcionam uma tranqüilidade que nos ajuda simplesmente a "estar com/ em Deus". Nós podemos permanecer receptivos ao Espírito e sentir o amor divino em maneiras novas e renovadas - é bem simples. Estas orações podem nos ajudar a sentir a Presença Divina, pois a oração contemplativa pode satisfazer alguns dos desejos mais profundos nos nossos corações.
Nos últimos trinta anos, aproximadamente, uma renovação espiritual notável se converteu nos nossos dias em um movimento global de oração "contemplativa" e "centrante". Os Evangelhos são freqüentemente um ponto de início. Muitas pessoas que buscam também podem desfrutar destas preces contemplativas na sua leitura dos Salmos. Estas são as preces dos nossos corações, quando os nossos sentimentos são muito profundos para as nossas palavras.
As preces contemplativas não são um monólogo unilateral que dita ao Todo-Poderoso como nós gostaríamos que o universo funcionasse. Nem são as orações contemplativas cheias de verbosidade ou algo que dê ao Ser Supremo a nossa lista de preces do que percebemos serem as nossas necessidades e desejos!
As preces contemplativas estão clamando as ricas experiências de orações pelas artes do silêncio, imobilidade, permanência em frases simples e palavras da Escritura ao rezar e ao usar nomes cheios de amor para Deus. Outras pessoas rezam imaginando-se em uma parte das Escrituras. Muitos acham que os Evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João são cheios de belas histórias, o que é útil para as suas preces. Um número crescente de pessoas que buscam Jesus estão descobrindo preces por meio de ícones. Os ícones podem oferecer uma bela experiência espiritual. A palavra em grego para "imagem" é "ícone." e nós somos ícones de Deus, o que quer dizer que fomos feitos à imagem divina.
Outras pessoas desfrutam do alimento da alma por meio de práticas antigas de lectio divina. A Lectio divina é uma leitura e re-leitura de um texto sagrado de maneira reverente e devagar. Ao invés de ler dez páginas de um livro sagrado diariamente, lê-se dez palavras ou dez frases silenciosa e calmamente.
A simplicidade do alimento da alma tem um fundamento nestes princípios básicos de preces. Talvez seja tempo de começar uma nova relação com o Sagrado, especialmente se você teve experiências religiosas prévias que foram abusivas e destruidoras! Muitos dizem "Eu creio em Deus mas eu não acredito (no sentido de ter confiança) em Deus". Outras pessoas não têm certeza da existência do Poder Supremo. A prece contemplativa representa um risco com relação ao Sagrado ao mesmo tempo em que simplesmente podemos "estar na Presença". Isto pode iniciar uma vida de renovação e cura espiritual.
Para manter esta oração contínua, o monge utiliza certo número de meios. Um deles, o mais importante de todos na tradição beneditina é o Ofício Divino; outro é a lectio divina. Esta, com efeito, segundo a tradição monástica, do Oriente e do Ocidente, é autêntica oração contemplativa e não simplesmente uma preparação à oração. Outros meios são, sobretudo, os momentos de silêncio, os momentos de maior atenção à presença de Deus, ou ainda as repetições de orações breves, a oração de Jesus, o rosário. Estes são alguns dos muitos métodos para manter uma atitude contemplativa durante todo o dia, durante todas as ocupações, aí se incluindo o trabalho.
Um ensinamento constante da tradição monástica pelos séculos é este: é ser contemplativo durante todos os aspectos de sua vida ou não se o é em absoluto. Devo claramente ser contemplativo na minha meia hora ou hora de oração silenciosa, como devo sê-lo durante o Ofício Divino e durante o trabalho, qualquer que seja o tipo de trabalho. Se não faço esforços para conservar uma comunhão contemplativa com Deus durante meu trabalho, me iludo pensando que seria transformado subitamente em contemplativo entrando na Igreja ou me ajoelhando para minha meia hora de oração.
Um outro ensinamento que consta da tradição é que a oração contemplativa por excelência, e o contexto ideal para toda a experiência mística é a liturgia. Os mais belos ensinamentos místicos de São Bernardo e de nossos Padres cistercienses se acham em seus sermões preparados para serem usados na Liturgia, ou, em todo caso, sobre os textos bíblicos lidos durante a liturgia.
QUESTÕES PARA REFLETIR
1 – Como podemos avaliar nossa vida de intimidade e amizade com Deus?
2 – Como classificar nossa vida de oração segundo texto lido?
3 – O que fazer para gerar um “renovamento, um despertamento, um avivamento” na vida de oração de cada pessoa?
NOS ESCREVA DANDO SUA OPINIÃO